Buscar a felicidade no fundo da alma,
Encontrar apenas uma estrela no céu da boca,
Sem brilho aguardando a luz do seu amor.
O mundo girando e o tempo correndo,
E a esperança descendo fundo na alma
Desejando que a partida tenha sido um sonho.
Como viver longe após anos de união?
A vida a dois vive nas lembranças,
Restando apenas o limite da morte.
Buscar e mesmo assim não haver dois.
Procurar e não achar o portão de saída
Com acesso a estação de embarque.
O vagão da vida está repleto de lugares vagos,
Até o sol perdeu seu horizonte,
As mãos ficaram vazias de amor.
O universo separou almas apaixonadas.
Almas que mudaram seus destinos.
Com olhares que se tocavam destruíndo os medos.
Com abraços que se envolviam afastando as tristezas.
Almas apaixonadas que foram luz e vida.
Hoje são apenas solidão e escuridão.
Almas que não aceitam a separação,
Pois tinham acordado envelhecerem juntas.
E hoje estão separadas apenas pela soleira da morte.
De Elise para Rosemberg.
Elise Schiffer – Escritora e Escriba ( Livro Montanha de Rosas )