MEMÓRIAS
Estava a te olhar… no mergulho daquele momento singular, questionei-me na quantidade de coisas que teus olhos já viram, tua pele sentiu e tua lembrança guarda. Tens invejáveis memórias.
A(MAR)
Ao anoitecer daquele último dia de verão, Ana estava olhando para o mar, em uma imensidão tão escura que não dava para distinguir onde acabava o mar e começava o céu. E, na calmaria daquela sensação de brisa leve que a tocava, percebeu que o amor era aquilo: um sentimento imenso como o mar, leve como a brisa e fundo como a profundeza daquela praia.
RECORDAR
Depois de tantos anos, lembrei daquela noite. Daquele dia que senti tão
rapidamente o macio de tua boca, que não tornou-se beijo. Teu perfume amadeirado voltou a memória, que, mesmo sem ver-te, sabia que era teu, que era você. Lembrei da forma como tu sorria tão naturalmente e que, inevitavelmente fazia-me sorrir também. Hoje, num amanhecer qualquer, lembrei de você.
Priscila Custódio (Boqueirão-PB) / @autorinha.