Olhos de cigana oblíqua, dissimulada e livre.

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Eram fortes, profundos e prendiam a minha atenção.

Ela não era bonita, não era alguém que se destacava em meio a multidão. No entanto o brilho que seus olhos refletiam eram capazes de me roubar o fôlego.

Perdi-me em uma imensidão de vontades e guardei a sensação de ao menos uma vez sentir-me livre no jardim que aquela alma me apresentava.

Aquela moça respirava liberdade e eu jamais conseguiria entender porque meu coração palpitava tanto quando encontrava aqueles olhos.

Conclui então que aquele anjo de olhos castanhos apenas queria questionar-me: “quanto ainda falta para que você se sinta livre de si mesmo?”

 

Brígida Mirela