Poemas de meio-fio

postado em: Blog | 0
No mesmo engano, cumpria alimentar o meio.
Sempre tinha um oco que cabia preenchimento.
Passou a se acostumar com toda aquela solidão.
Muitas vezes frio e outras quente,
observava de longe o aceno da caneta.
Muita gente o observou,
mas de pronto caiu no esquecimento.
Toda a roupa virou trapo.
A aparência se tornava velha e continuava seguindo aquele fio,
mesmo no meio,
atentando a manter a margem intacta.
Outros virão o substituir quando nem mesmo de longe puder ser visto,
mas no fundo uma sensatez justifica tudo o que foi dito.
Tudo o que foi feito.
Ninguém sabia se de fato esse era o seu propósito.
Porém, parecia que até aquele instante se fazia tarefa cumprida.
 
GEORGE ARDILLES
@georgeardilles 
#poemasdemeio-fio